terça-feira, 29 de maio de 2007

Coincidência

Você sabia que, exatamente no mesmo momento em que você dá a descarga em sua privada, milhares (ou talvez milhões) de outras pessoas ao redor do planeta estão fazendo a mesma coisa? Já parou pra pensar em quantas pessoas estão lendo ou pronunciando a palavra “palavra” junto com você, bem agora, onde quer que elas estejam? Talvez num jornal, num livro, numa conversa informal, numa palestra ou mesmo aqui, neste blog. No Japão, na Turquia, no Tocantins, no Amapá, na Ilha do Governador, no Bairro de Fátima ou em Londres. Nunca saberemos, muitos não acreditarão, mas tamanha coincidência é mais que possível. Uns de nós já passamos por esses sincronismos, com maior ou menor freqüência. Coincidência ou acaso? Destino?

Então me diga: o que seria esse tal amor? Dentre os bilhões de seres humanos que habitam o globo, uma pessoa em especial te escolheu e foi escolhida por você. Tal “escolha” aconteceu ou por vocês terem crescido na mesma rua, ou por estudarem juntos, por trabalharem no mesmo local, ou apenas por morarem no mesmo estado e um dia terem se esbarrado por aí, num clube, numa festa, numa fila que não andava em um banco. E o que teria sido esse encontro? Vidas seguindo caminhos predestinados? Ou será apenas porque é mais fácil conhecer “aquele alguém” numa das situações acima do que ao passar uma semana de férias na Ásia? E aí, e se o verdadeiro grande amor da sua vida for uma camponesa que está colhendo arroz no Vietnã, ao invés da sua esposa, a quem você conheceu na faculdade há seis anos? E se esse garotão por quem você fica derretida for apenas cisma sua, pois talvez o homem que reúne todos os atributos para te fazer feliz seja um inglês que está agora ouvindo The Smiths em um quarto frio em Manchester?

Teríamos então que rodar por todos os continentes e tentar conhecer todas as pessoas do mundo para encontrar o amor verdadeiro? Isso é fácil de fazer, certo? E isso seria o certo? Não creio que seja bem assim.

Não estou falando em almas gêmeas ou vidas escritas nas estrelas desde antes do nascimento (embora talvez até seja esse o caso, quem sabe?), mas de um ponto de vista menos empolgado, basta analisar o que acontece ao redor e o que acontece dentro de si mesmo. As coisas são como são e acontecem como acontecem e pronto! Acho que está além da compreensão. Pode ser apenas um fenômeno natural, afinal de contas, salmões nadam contra a correnteza de um rio, nem todos conseguem chegar à nascente, e apenas alguns terão a competência (ou sorte) de encontrar a foz e poder se reproduzir. Nós também? Você aceitaria esse destino tranqüilamente? Ora, faça um movimento humano ao menos de agora em diante! Nós não somos salmões! Se você já se achou com relação a este assunto, beleza. No entanto, se aquele "alguém" que você queria não acha que você é aquele "alguém" que ele(a) queria, vá em busca de quem ache que você é esse "alguém", pois pode ser que esse "alguém" também esteja por aí em busca de você! Você vai achar quem concorde com seu achado. É melhor do que gastar tempo precioso de sua vida, que nunca se sabe quando acabará, remoendo tristezas e rancor, seja de quem for, seja de si mesmo (no fim das contas, acaba sendo).

Se tem uma coisa que estar só proporciona é bastante tempo para refletir-se sobre a solidão. Ou apenas pensar besteiras meio infundadas, como fiz agora. Bom, ao menos fiz isso sozinho.

sábado, 19 de maio de 2007

Henfil

Recebi um texto legal, escrito pelo Henfil. Ele já morreu há um tempo. Não que isso torne o texto mais relevante, só fico pensando se o Henfil, de fato, aplicou em sua vida o que revelou já ter na consciência com este texto. Se aplicou, creio que ele foi feliz. Espero que eu saiba agir assim, pois acho que entendi o que ele quis dizer. Então, vejam se gostam do texto que ele intitulou Vida.

"Por muito tempo, pensei que a minha vida fosse se tornar uma vida de verdade. Mas sempre havia um obstáculo no caminho, algo a ser ultrapassado antes de começar a viver, um trabalho não terminado, uma conta a ser paga. Aí sim, a vida de verdade começaria...
Por fim, cheguei à conclusão de que esses obstáculos eram a minha vida de verdade.
Essa perspectiva tem me ajudado a ver que não existe um caminho para a felicidade. A felicidade é o caminho!
Assim, aproveite todos os momentos que você tem. E aproveite-os mais, se você tem alguém especial para compartilhar; especial o suficiente para passar seu tempo.
Lembre-se de que o tempo não espera nada e ninguém. Portanto, pare de esperar
até que você termine a faculdade;
até que você volte para a faculdade;
até que você perca 5 quilos;
até que você ganhe 5 quilos;
até que você tenha tido filhos;
até que seus filhos tenham saído de casa;
até que você se case;
até que você se separe;
até sexta à noite;
até segunda de manhã;
até que você esteja de carro ou casa novos;
até que seu carro ou sua casa tenham sido pagos;
até o próximo verão, outono, inverno;
até que você esteja aposentado;
até que a sua música toque;
até que você tenha terminado seu drink;
até que você esteja sóbrio de novo;
até que você morra;
e decida que não há hora melhor para ser feliz do que AGORA MESMO...”

quinta-feira, 17 de maio de 2007

Aprendendo

É preciso aprender. É preciso, pelo menos, tentar aprender, sempre mais e mais, nunca desistir. Não se sabe o resultado, não se sabe se dará certo, mas é preciso tentar. Neste exato momento, comunico aos meus leitores que estou tentando entender as mulheres. Vocês agora têm certeza de que estou louco, não é?

Mas não estou me referindo a apenas "entender" como meramente "fazer sentido" diante do meu entendimento, e sim "entender" do ponto de vista do aprendizado verdadeiro, didático, histórico, psicológico, enfim, todo e qualquer elemento que componha a natureza feminina, mesmo em um nível que as próprias mulheres talvez desconheçam. E não, não quero ser arrogante jamais. Venho humildemente me embrenhar neste terreno em busca de algum entendimento sincero, em busca do conhecimento que não possuo ainda.

Missão: impossível? Talvez não. Estou dando apenas o primeiro passo: estou lendo um livro bacana de uma psicóloga junguiana, Clarissa Pinkola Estés, chamado Mulheres Que Correm Com Os Lobos - Mitos e Histórias do Arquétipo da Mulher Selvagem. Através de lendas e contos de fadas das mais diversas culturas (histórias sempre bem interessantes), são feitas análises e interpretações sobre o que há de mais profundo e "real" na mulher, no espírito selvagem feminino. Nunca achei que algumas coisas começassem a fazer tanto sentido, pouco a pouco, e pretendo aprender cada vez mais, pois o assunto (mulher) me fascina. O livro é voltado para leitoras, mulheres, mas sinceramente, acho que todos os homens poderiam se dar uma chance e lê-lo também. Servirei de cobaia. Se eu sair vivo e não tão louco desta empreitada, deixarei meu exemplar à disposição para empréstimo aos amigos. Já vai até com passagens sublinhadas.

Então, como estou sem criatividade hoje, gostaria só de extrair um trechinho bacana pra vocês. Ele nem é tão representativo da essência da obra em si, mas é igualmente interessante. Juro que, de acordo com qualquer evolução que eu venha a ter neste aprendizado, compartilharei minhas descobertas com vocês. Se o resultado será enlouquecermos todos de uma vez, tudo bem. O aprendizado sempre vale todo o esforço feito para atingí-lo. Segue abaixo a passagem à qual me referi. O que será que vocês acharão do que ela diz?

"Amar significa ficar com. Significa emergir de um mundo de fantasia para um mundo em que o amor duradouro é possível, cara a cara, ossos a ossos, um amor de devoção. Amar significa ficar quando cada célula nos manda fugir."

domingo, 6 de maio de 2007

Trecho

Mais um pouco de Fernando Pessoa/Alberto Caeiro. Desta vez, apenas um trecho, mas um belo trecho.

"Eu nunca guardei rebanhos,
Mas é como se os guardasse.
Minha alma é como um pastor,
Conhece o vento e o sol
E anda pela mão das Estações
A seguir e a olhar.
Toda a paz da Natureza sem gente
Vem sentar-se a meu lado.
Mas eu fico triste como um pôr de sol
Para a nossa imaginação,
Quando esfria no fundo da planície
E se sente a noite entrada
Como uma borboleta pela janela.

Mas a minha tristeza é sossego
Porque é natural e justa
E é o que deve estar na alma
Quando já pensa que existe
E as mãos colhem flores sem ela dar por isso.

Como um ruído de chocalhos
Para além da curva da estrada,
Os meus pensamentos são contentes.
Só tenho pena de saber que eles são contentes,
Porque, se o não soubesse,
Em vez de serem contentes e tristes,
Seriam alegres e contentes.

Pensar incomoda como andar à chuva
Quando o vento cresce e parece que chove mais.
(...)"

Epifania

Você que está aqui, agora, lendo este blog, me confirme uma coisa: um dia te ensinaram que 3 vezes 9 é igual a 27. Hoje em dia, se te perguntam quanto é 3 vezes 9, você diz 27. Um dia você aprendeu, também, que água fervente queima, e até hoje você tem todo o cuidado do mundo em aplicar este conhecimento, evitando derramar água fervente sobre qualquer parte do seu corpo. Eu sei que nem tudo que já te ensinaram na vida era uma verdade absoluta, mas algumas coisas são, e não estou sendo leviano nesta afirmação.

Então, vamos manter isso em mente. Há um maldito velho ditado que diz que "A gente só dá valor depois que perde", e você provavelmente já ouviu este ditado. Inúmeras pessoas o conhecem, mas me diga: quantas pessoas você conhece que aplicam este conhecimento de fato em suas vidas? E você, aplica? E eu, será que aplico?

Da minha parte, posso dizer que tento. Por isso venho aqui implorar a todos os visitantes que ao menos TENTEM aplicar isto em suas vidas!!! Preste atenção, pois há sensações momentâneas tão angustiantes que são capazes de nos levar a esquecer os sentimentos maiores, melhores e verdadeiros, assim como visto em "Brilho Eterno de Uma Mente Sem Lembrança". Já assistiu a esse filme? Assista e pense sobre.

Em resumo, não espere para perceber quanto valor há em algo, ou em alguém, apenas depois que você já abriu mão!!! Tudo na vida é tentativa e erro, mas algumas coisas são recuperáveis, outras não!!! Cuide muito bem do seu amor, pois as coisas boas acontecem SIM, mas são raras, MUITO RARAS!!! Oras, não estou aqui contando nenhuma novidade. Quase todos já passaram por isso em suas vidas. Estou apenas rogando para que possamos passar da parte do aprendizado para a parte prática.

Pare de dar mais ouvido às suas dúvidas do que ao seu próprio coração. Dúvidas nós sempre teremos muitas, mas coração só temos um. Ele é forte, se quebra e se reconstrói infinitas vezes, mas é apenas um. Pode contar aí.

Você nunca poderá ter certeza sobre aquilo que é externo a si, mas pode se munir de algumas certezas internas, próprias. Dê valor ao que você tem, perceba o quanto te faz bem enquanto está contigo, pois tudo pode mudar em questão de dias. Em questão de horas. De repente. E aí, só nos resta refletir, aprender, e rezar para que nunca seja tarde demais.

Por isso, não fique esperando por sua epifania. Se você for ler os contos presentes em “Dublinenses”, de James Joyce, vai notar que, em geral, isso não é nada divertido.

quinta-feira, 3 de maio de 2007

Felicidade

Felicidade: o que é, quem pegou e onde está que eu também quero?

Como ser feliz? Ninguém me perguntou, mas eu também queria saber. Não tentei descobrir em livros, não realizei pesquisas mirabolantes e nem gastei anos da minha vida com meditações e divagações sobre este assunto. Eu queria descobrir como ser feliz naturalmente, e isso me causava imensa tristeza. Ou seja, algo estava saindo errado...

Apostei na Loteria Federal, participei de promoções (juntei tantas caixas de creme dental quanto de caldo de frango!) e nada. Entre uma tentativa e outra de ficar milionário, fiquei com vontade de fazer um pudim. É, de chocolate. Era fácil. Ficou pronto, ficou bom, todos comeram e elogiaram. Matei minha fome e todos ficamos felizes.

Felizes?! Era isso? A felicidade era um pudim de chocolate? Não, não exatamente. Bom, também...

Não é fácil explicar, embora seja algo simples. Além do mais, felicidade não se explica, se sente, e ela está nas pequenas coisas... nas pequenas grandes coisas da vida. Coisas que são tão importantes e, no entanto, tão simples. É fácil descobrir: é mais ou menos aquilo que você sente quando conclui um quebra-cabeça de duas mil peças, quando o feriado é na terça, quando alguém te escreve uma carta, quando te dão um abraço apertado, quando acaba de sair do banho, quando encontra algo que estava perdido, quando reencontra um velho amigo, quando ganha aquilo que tanto queria, quando chega na escola e descobre que a prova foi adiada, quando volta da escola e descobre que o almoço é o seu prato preferido, quando ouve aquela música antiga que você adora, quando dança coladinho com "aquela pessoa", quando termina de ler um livro grosso, quando tira dos pés aqueles sapatos apertados, quando as pessoas te dizem obrigado, quando faz uma viagem e volta cheio de novidades, quando anda na chuva despreocupado, quando consegue o emprego, quando está deitado no colo e recebe um cafuné, quando ganha uma amostra grátis no supermercado, quando passa num exame, quando vê um filhotinho frágil com a mãe, quando a televisão volta do conserto, quando finalmente consegue abrir aquele maldito pote de azeitonas, quando alguém coça as suas costas, quando fazem massagem nos seus ombros, quando pode raspar com o dedo o resto da massa na batedeira, quando você descobre no seu bolso uma nota que não sabia que tinha, quando nasce seu filho, quando segura o bebê, quando lembra do seu velho pai, quando passa a noite inteirinha acordado e vê um amanhecer rosado, quando uma pessoa especial está te fazendo um carinho de leve...

...e chora quando diz sorrindo o quanto te ama...
...e você também ama essa pessoa...
...e, então, você descobre que é feliz.

Simples.

terça-feira, 1 de maio de 2007

Anônimos

Muito bem, minha estratégia de marketing deu certo. Saí divulgando meu blog entre muitos dos meus amigos, principalmente pelo orkut, e agora tenho o prazer de informar a todos que, em menos de uma semana de existência, já tenho ao menos dois leitores anônimos!!! E o melhor é que gostaram do que leram! Bacana, não?

Então, venho aqui agora, neste post, agradecer pela presença e principalmente pelos comentários dos anônimos. Contudo, seria muito legal saber quem vocês são, me dar a chance de retornar esta atenção... Isso se quiserem, claro.

Aguardo futuras manifestações, meus prezados leitores e minhas prezadas leitoras. Me contatem pelo orkut se quiserem (se pesquisar por Marcos AM Ramos, eu sou o primeiro da lista), me mandem e-mail se preferirem.

Obrigado pela atenção e pelo carinho de todos. Voltem sempre! Novo post em breve. Até.

Invisível

Segue o meu raciocínio: no escuro total não se enxerga nada, certo? Isso porque, descontando a obviedade de olhos devidamente funcionais, só podemos enxergar devido à luz: ela bate no objeto, reflete para nossos olhos e entra trazendo a imagem, que é invertida e reflete no cristalino (até onde eu sei, leigo que sou). É esse reflexo que nosso cérebro interpreta, fazendo com que enxerguemos a imagem direitinho. Até aí, tudo bem.

Pois bem, como só podemos enxergar aquilo que reflete luz aos nossos olhos, teorizo que se a luz atravessar uma substância absolutamente transparente, que não reflita nem um raiozinho sequer, essa substância será invisível, certo? Bom, se houvesse um homem invisível, isso se deveria ao fato de que a luz atravessaria direto por todas as suas células, certo? E se a luz atravessa as células do homem invisível sem fazer um desvio, ela não será invertida pelos olhos e nem refletir imagem alguma no fundo do cristalino de seus olhos, certo? Logo, se houvesse um homem invisível, ele seria cego. E aí, qual é a vantagem em ser invisível quando exatamente TUDO se torna igualmente invisível?

O mundo é invisível aos olhos do homem invisível.

Cartola

Ontem, véspera do feriado de 1º de maio, saí do trabalho e fui ao cinema. Tinha na cabeça que queria ver ou "Cartola" - por gosto próprio - ou "O Segredo" - porque têm falado muito e fiquei curioso -, e me mandei pro Unibanco Arteplex, um cinema que adoro, tem uma ótima livraria e tem história na minha vida.

Peguei o metrô na Uruguaiana e cheguei em Botafogo lá pelas 19hs, mas além de o Arteplex estar cheio, nenhum dos filmes que eu queria estava em cartaz. Não encontrei ninguém conhecido. Voltei, seguindo para o Botafogo Praia Shopping, mas lá, embora mais tranqüilo, também não estavam em cartaz minhas opções cinematográficas. Também lá não encontrei ninguém conhecido.

Pegando o metrô de novo, desci no Largo do Machado e fui no São Luiz, que estava deserto, mas igualmente não exibia os tais filmes. Outra vez, não encontrei ninguém que eu conhecesse. Voltei ao metrô (estão notando um padrão?) e saltei na Cinelândia, quase desistindo, quando lembrei que ali tem o Palácio e o Odeon. Finalmente, estava passando "Cartola" no Odeon, e fiquei por lá mesmo. A ironia é que eu tinha saído do Centro, onde trabalho, ido para Botafogo, depois pro Largo do Machado, pra finalmente encontrar o filme que eu queria assistir... no Centro!!! Ok, pode me chamar do que quiser...

"Cartola" cumpre principalmente o papel de ser um documentário sobre a vida boêmia do Rio de Janeiro, da Lapa, do Centro da cidade dos anos 40, 50, 60 e 70. Mostra um homem capaz de criar belas canções de letras sinceras, mas que jamais conseguiu segurar dinheiro, que escapava pelos seus dedos como areia. Sabia que mesmo já velho e famoso ele chegou a trabalhar em garagem e como contínuo de repartição? Coisas da vida. Da vida do Cartola. Muitas entrevistas da época, declarações do próprio, histórias sendo contadas. Só acho que deveriam ter colocado legendas, não entendi um terço do que era dito nas gravações prejudicadas pelo tempo...

Por fim, gostei de ver o registro de um homem que tinha mais coração do que juízo, que perdeu tudo (esse "tudo" é relativo) já velho e foi morar com a esposa na casa do pai. Na minha opinião, o momento mais belo do filme acontece quando ele pergunta ao pai o que quer ouvir, e o pai pede "O Mundo É Um Moinho", a qual é tocada na íntegra, ali, diante dos nossos olhos e para o deleite de nossos ouvidos e de nossos corações. Saí do cinema com a sensação de dever cumprido, de ter atendido à solicitação da minha alma. É verdade que o documentário poderia ter sido bem melhor e mais completo, mas valeu mesmo assim.

E nem no Palácio, nem no Odeon, eu também não encontrei alguém que eu conhecia.