É preciso aprender. É preciso, pelo menos, tentar aprender, sempre mais e mais, nunca desistir. Não se sabe o resultado, não se sabe se dará certo, mas é preciso tentar. Neste exato momento, comunico aos meus leitores que estou tentando entender as mulheres. Vocês agora têm certeza de que estou louco, não é?
Mas não estou me referindo a apenas "entender" como meramente "fazer sentido" diante do meu entendimento, e sim "entender" do ponto de vista do aprendizado verdadeiro, didático, histórico, psicológico, enfim, todo e qualquer elemento que componha a natureza feminina, mesmo em um nível que as próprias mulheres talvez desconheçam. E não, não quero ser arrogante jamais. Venho humildemente me embrenhar neste terreno em busca de algum entendimento sincero, em busca do conhecimento que não possuo ainda.
Missão: impossível? Talvez não. Estou dando apenas o primeiro passo: estou lendo um livro bacana de uma psicóloga junguiana, Clarissa Pinkola Estés, chamado Mulheres Que Correm Com Os Lobos - Mitos e Histórias do Arquétipo da Mulher Selvagem. Através de lendas e contos de fadas das mais diversas culturas (histórias sempre bem interessantes), são feitas análises e interpretações sobre o que há de mais profundo e "real" na mulher, no espírito selvagem feminino. Nunca achei que algumas coisas começassem a fazer tanto sentido, pouco a pouco, e pretendo aprender cada vez mais, pois o assunto (mulher) me fascina. O livro é voltado para leitoras, mulheres, mas sinceramente, acho que todos os homens poderiam se dar uma chance e lê-lo também. Servirei de cobaia. Se eu sair vivo e não tão louco desta empreitada, deixarei meu exemplar à disposição para empréstimo aos amigos. Já vai até com passagens sublinhadas.
Então, como estou sem criatividade hoje, gostaria só de extrair um trechinho bacana pra vocês. Ele nem é tão representativo da essência da obra em si, mas é igualmente interessante. Juro que, de acordo com qualquer evolução que eu venha a ter neste aprendizado, compartilharei minhas descobertas com vocês. Se o resultado será enlouquecermos todos de uma vez, tudo bem. O aprendizado sempre vale todo o esforço feito para atingí-lo. Segue abaixo a passagem à qual me referi. O que será que vocês acharão do que ela diz?
"Amar significa ficar com. Significa emergir de um mundo de fantasia para um mundo em que o amor duradouro é possível, cara a cara, ossos a ossos, um amor de devoção. Amar significa ficar quando cada célula nos manda fugir."
7 comentários:
Vc apagou a análise, então... legal, estamos progredindo.
Gostei do trecho, apesar de vc dizer que não representa muito. Pra mim já diz tudo; pena que não deu pra entender se o correr é a vontade masculina ou feminina. Pra mim parece de vcs, mas... quem sabe no teu caso não é a feminina e vc fica querendo se culpar por ser a parte a querer ficar?
Oi, Gi. Valeu mais uma vez pela visita e pelo comentário =)
Sim, apaguei a "Análise". Ela não cabia mais aqui. Expirou.
Quanto ao trecho, acho que ele representa MUITO sim, só quis dizer que não representa muito do tema principal do livro, que é uma análise mais centrada na "Mulher Selvagem", coisa e tal.
Mas, com certeza, escolhi este trechinho pra colocar aqui logo de cara porque ele, digamos, "importa".
Bj
Isso aí, sempre em frente!
Fiquei com vontade de ler...
Beijo!
Tem um samba antigo que diz assim "Fica doido varrido quem quer/Se meter a entender a mulher". Eu nem gosto tanto de samba assim, mas certamente gosto de algumas mulheres.
Mesmo as que eu gosto são doidas. Esse negócio de entender às vezes tira a graça. Sei lá. E esse negócio de amor osso a osso dá vontade de correr...Apesar que existe um ossinho na região...deixa pra lá.
Amei o trecho do livro!
Deve ser muito interessante!
Bjão!
Noutro dia li uma citação de Clarice Lispector, que inclusive colei na minha página inicial do orkut, que assim dizia:
"Com o perdão da palavra sou um mistério para mim mesma".
Acho, sinceramente, que todas as pessoas são um mistério, inclusive e principalmente para si próprias..., mas talvez as mulheres, por normalmente estarem em algumas berlindas criadas por mitos patriarcalistas, como a questão da TPM, da emotividade excessiva, da passionalidade, do subjetivismo e falta da racionalidade objetiva, etc, somos alvos mais fáceis e suscetíveis à analise. Não me oponho, pois, como disse, acho que tomos somos mistério e, ACRESCENTO, TODOS merecíamos análises e analistas, rs... Vc transcreveu um trecho do livro que fala particularmente do amar... Em diálogo com esse trecho e com toda sua proposta de compreensão da alma feminina, que em minha opinião nada mais é do que uma extensão da masculina, como num diagrama do "yang-yin", trago uma memória que invonluntariamente (rs) me veio há pouco... Conheci uma pessoa que dizia que "vc pode querer entender ou amar as mulheres" e ele tinha ficado com a segunda opção... A princípio, parece uma linda declaração de amor, porém, o pulo do gato, esquecido ou encoberto nas entrelinhas, é: como amar o que não se entende / compreende? Se não compreendemos é porque não conhecemos o ponto de vista do outro. Ou não conhecemos o outro tão bem como pensávamos conhecer. Talvez "tão bem" qto pensamos nos conhecer...
Como amar o que não se conhece?....
Talvez, neste caso, a opção feita represente, apenas, um amor à ilusão criada pelos fragmentos do outro acessados sem coesão pela mente de quem acha que entendeu e conheceu o outro...
Mas será que conhecemos a nós mesmos?....
Oi, Marcos!
Estou um pouco atrasada no comentário... considerando que você postou em 2007.
Enfim... Nunca é tarde p/ falar sobre esse livro.
Fico contente em saber que você se permitiu esse aprendizado e não teve vergonha de expor a sua sensibilidade.
Espero que um dia todos possam enxergar assim...
Um beijo e tudo de bom!
Adriana.
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