Oi.
Estou aqui só por estar, pois na verdade estou absolutamente sem inspiração pra escrever seja lá o que for, mas como eu queria escrever algo (até para cumprir com minha meta de atualizações semanais neste blog), cá estou. Então é isso, você está presenciando, neste exato momento, eu sem saber sobre o que falar, falando sobre absolutamente sei-lá-o-que.
Noutro dia desses sem ser hoje outro, eu estava pensando (sem falar em voz alta) o que se passava pela minha cabeça. Foi engraçado, pois foi como se fosse assim mesmo, do jeito que é, sem ser diferente nem de outra forma ou de outro modo. Apenas assim, como é. E assim era e assim foi bom, de uma forma que não é nem será mais. Concreto e abstrato, concreto e asfalto, pois concreto não é asfalto nem cimento, muito menos isso, nem também borracha. Pois faça de conta que seja só pra ver como seria se fosse, pra você ver se não é melhor assim do jeito que está e é, não é? Não, não é, pois o “pois não” significa “sim” e o “pois sim” significa “não”. E embora pareça, isso aqui não é letra de música do Engenheiros do Havaí, nem da Rita Lee, nem poema pra ser declamado no CEP 20000.
Se não tem ninguém, tem alguém, pois se não tivesse alguém, aí sim teria ninguém. Por outro lado, se tivesse ninguém, não teria quem se ter, e isso me remete ao começo dos tempos: ninguém é a ausência de alguém, e alguém existe, assim como nada é a ausência de algo, mas o “algo” tem que existir para que se faça ausente. Existir é verbo, mas não de ação, e acho que nunca descobriremos o mistério de existir, pois sempre que voltarmos mais atrás para descobrir de onde veio a existência, teremos que parar em algo que apenas imaginamos, pois se o começo de tudo foi uma explosão quando não havia nada, o que diabos explodiu?
Até onde sei (e a partir deste ponto o texto parece que vai ganhar algum sentido), explosões não surgem do nada, e é nisso que querem que eu acredite? Que o “nada” explodiu e deu origem ao universo? Por acaso você já andou por aí e surgiu uma explosãozinha na sua cara? Bom, eu nem me espantaria com isso agora, pois no ar há gases, e gases que explodem. Gases que são parte da existência, assim como tudo, e que surgiram da mesma origem do “tudo”. Então se os gases só surgiram junto com tudo no universo que se criou após a tal grande explosão, O QUE DIABOS EXPLODIU?!?!?!
Por isso às vezes é melhor apenas acreditar em Deus mesmo, acreditar que ele criou o universo e pronto. Mas daí eu penso: o que será que Deus fazia antes de criar o universo? Isso devia ser um tédio terrível!!! Ou então vou acreditar que ele criou o universo logo assim que se deu conta de que ele mesmo (Deus) existia e de que tudo estava um saco e então ele pensou, tipo, “ô porra, eu sou DEUS?!”, e daí no mesmo segundo em que Deus se dá conta de que ele é Deus, cria-se o universo. Daí fica tudo muuuuuuuito mais fácil de se explicar, pensar que Deus sempre existiu e tinha sérios problemas de gases (vindos de comer “nada”, pois se não havia a “existência”, não havia o que se comer), e então um dia Deus tomba pro lado devagarzinho, assim somo o vovô no sofá da sala domingo à tarde, franze a testa, faz aquela cara que denuncia suas intenções intestinais, uma leve força e PRRRRRRFFFFFF!!!!
Criou-se o universo.
Uma boa explicação para “de onde viemos”, não?
Eu tinha avisado lá no começo que hoje eu estava sem assunto...
5 comentários:
Cuidado com seus comentários jocosos sobre o Criador, sabe como é quem não tem humor. Rimou, mas a métrica ficou horrível, inclusive. Eu acho que tudo sempre existiu. E também acho que você se saiu muito melhor nesse texto no que naqueles mais românticos. Diria até que foi Beckettiano em alguns momentos, isso se eu tivesse lido Beckett alguma vez.
Marquinhos: até quando é ruim é boam!!!
Beijos mil
Mesmo sem ter o que dizer, você diz tudo!
Inspirador!
Fala Marcos,
sem inspiração ? risos
parabens querido ...
mt bom te encontrar no centro semana passada...
abs
Emerson
Adorei o "nada", pela digressão inicial, bem brainstorm, que deu um nó na minha cabeça, e pelo final, que sugere que somos frutos da flatulencia divina, pois, sinceramente, acho que pensar que somos isso ainda é "elogioso" demais para tamanho fracasso que para mim a humanidade vem representando, rs... E em diálogo com essa idéia, adorei "Girafas", pios acho assim como o menininho e o pai, ao final, que se fossêmos girafas daríamos mais certo...
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