sábado, 2 de abril de 2011

Casa


Acho que o ar levemente mais fresco é a memória que primeiro me recebe ao abrir a porta da casa da minha mãe. Não é apenas a grande proximidade ao mar, mas também o grande canteiro na encosta do morro dos fundos do prédio. Tudo vem pela varanda.

E assim marca-se mais um ponto final em mais um relacionamento, a conclusão de uma história bagunçada demais até pra mim (e olha que de histórias bagunçadas eu até que entendo). Claro que a culpa mais uma vez é minha. Clássico. Deixa pra lá.

Quase três anos morando sozinho ou quase sozinho, dos quais um ano no Catete, um ano na Glória dividindo casa com o Mário e sete meses em Niterói morando na casa da minha ex-namorada com seus dois filhos. Rompimento definitivo (após dois ensaios) na madrugada de quinta pra sexta. Táxi pela escuridão chuvosa de Niterói para a Ilha do Governador, e cá estou eu mais uma vez na casa da minha mãe. Eu e meus gatos: Ted e Nina.

Vou ficar por aqui uns tempos até me reestruturar financeiramente, emocionalmente, psicologicamente e qualquer outro "mente" que esteja no prejuízo. Coisas para resolver, endereços para mudar, contratos para cancelar, blog para reassumir, vida para reconstruir. Coisas para resolver.

Mas tudo tem lado bom, e não apenas um. O principal deles é que, ao menos por muitos anos (espero), aonde quer que eu vá, Nina e Ted estarão comigo. Os outro é melhor não citar para não ofender ninguém.

A música do Lulu Santos que coloquei aqui vem bem a calhar, com uma única observação: eu tô voltando pra casa, mas não é de vez.