É carnaval. Não viajei pra lugar algum, estou em casa. O comércio está todo fechado. Uma chuva incessante cai lá fora, estragando meus planos de sair pra andar por aí em busca dos carnavais de rua da Ilha que curti algumas vezes em minha adolescência. Fico em casa então, aproveitando uma geladeira lotada de Danettes, Chandelles, bolos e Chambinho, além de sucos e Yakult que comprei neste sábado como uma formiga se preparando pro inverno. Trouxe também sacos de Ruffles Cebola & Salsa e duas garrafas de vinho (um espumante e um tinto) que se encontram no meu quarto.
Sem dúvida, estou muuuuito entediado. Esse na foto aí em cima sou eu assistindo o carnaval pela TV. Nada de interessante, fora os momentos imprevisíveis (e mais curtos do que deveriam ser) em que são exibidas as rainhas e madrinhas de bateria das escolas de samba. Por exemplo, acaba de aparecer a Juliana Paes desfilando pela Viradouro e permitindo que seu seio esquerdo salte além do limite e marque mais presença que a bateria. Quem também andou me chamando a atenção foi a quase muda (mas muito sorridente) Janaína Jacobina no programa Bastidores do Carnaval 2008 na Rede TV, ao lado do angustiante Nelson Rubens. Se Deus fosse mesmo bom, faria Nelson Rubens ter um ataque cardíaco ao vivo, que ao cair tentando se segurar no vestido de sua colega de palco, o rasgaria e deixaria Janaína Jacobina completamente nua. E não, Nelson não se salvaria. Mas sei que isso não vai acontecer porque quem ainda não viu a Janaína nua fui eu, Deus já a viu pelada inúmeras vezes (me ensinaram que ele vê tudo em todos os lugares) e não precisaria se dar ao trabalho. Como também suspeito que o senso de humor divino é muito bizarro, Nelson Rubens deve ser imortal.
Ah, mas nem tudo está perdido!!! Estou em casa com uma mochila cheia de filmes bacanas baixados pela internet e que não estão por aí em locadoras, tudo cortesia de meu camarada folião marioelva. Tenho aqui coisas como Batalla en el Cielo, The Brown Bunny, The Book of Life, The Science of Sleep, Shortbus, Coffe and Cigarettes, Existenz, Eraserhead, e outros mais completando 42 filmes. Minha mente está sendo bombardeada com conceitos diferentes daqueles padrões cinematográficos com os quais nos acostumamos. Muita coisa bizarra, mas agradável. Também umas coisas desagradáveis, mas curiosas. Outras coisas inúteis, mas interessantes. Algumas coisas que não dá pra entender de princípio e que te forçam a buscar algum entendimento próprio, ou que simplesmente te fazem assumir sua completa incapacidade de inventar uma explicação para o que foi exibido, ou mesmo admitir que não há de fato a necessidade de se entender algo para apreciá-lo.
Acabo de assistir Sicko, de Michael Moore. Sim, aquele mesmo cara de Fahrenheit 9/11 e Bowling for Columbine, só pra citar os mais comentados. Em Sicko, ele denuncia a real condição do sistema médico estadunidense, que sem a maquiagem com a qual cobrem tudo que chega lá de fora até nós, se parece em muito com o nosso sistema público de saúde e com nossa necessidade de depender de planos de saúde que muitas vezes nos negam socorro. Só não vou comentar mais nada porque esse post não se destina a analisar este documentário, mas fica aqui a dica: quando chegar na locadora, alugue.
Antes de assistir o próximo filme, vou pegar meu violão um pouquinho. Estou trabalhando numa composição esses dias e acabo de ter umas idéias de frases que preciso encaixar na melodia de algum jeito. Vou abrir o vinho tinto aqui pra azeitar minhas engrenagens. Se os deuses do carnaval me ajudarem, até a quarta-feira de cinzas estarei com a canção pronta e 3 quilos mais gordo.
4 comentários:
Marcos, eu realmente acho que você tem que quebrar tudo. Geral.
QUEM ME DERA SE CAÍSSE O VESTIDO DA NOVA APRESENTADORA DA REDE TV, JANAINNA JACOBINNA.
O MALA DO NELSON RUBENS NÃO A DEIXOU FALAR NO PRIMEIRO DIA, MAS PELO VISTO A DIREÇÃO VIROU A CASACA NOS BASTIDORES PORQUE A BELA NO SEGUNDO DIA EM DIANTE COLOCOU A BOCA NO TROMBONE E MAL DEIXAVA O NELSON RUBENS FALAR O SEU OKOKOK! MANDOU BEM A GAROTA!
Êita, Marcos!
Seu carnaval foi semelhante ao meu: muita chuva, muita comida (lê-se 'besteira-que-engorda'), muito álcool (incluindo algumas garrafas de vinho também), muito filme (assisti a coisas que não faziam sentido também), MAS não estava entediada...
Sobre o texto só digo uma coisa: a passagem sobre o Nelson Rubens & cia é impagável. ADOREI. E fiquei rindo à toa...
Os filmes inúteis porém interessantes são os melhores...
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