quarta-feira, 4 de fevereiro de 2009
Intrínseco
- Tenho.
- Duvido. Existe todo o resto entre nós! E aí? E o resto, e tudo que existe entre nós?
- Por favor, pare de repetir isso...
- Por que? Torno as coisas mais difíceis?
- É.
- Talvez porque eu esteja tentando fazer você enxergar?!?!
- Enxergar? Eu já enxerguei tudo muito bem há muito tempo!!!
- Você tá nervosinho, vou te dar um tempo pra pensar melhor, pra você se acalmar, depois a gente conversa com mais calma...
- Não vai haver "mais calma". A calma só virá com o tempo, muito tempo, tempo suficiente... No "agora", é isso como está, exatamente como se apresenta.
- Por que você faz assim? Você mesmo cria essas situações e depois fica se sentindo mal com isso... Já sabe como vai ser!
- Então talvez já esteja mais do que na hora de encerrar esse ciclo. Dessa vez, é fim. Precisamos terminar isso aqui. Não vamos repetir tudo como sempre.
- Isso é inútil, você sabe. Não vai dar em nada, por que fazer assim?
- Porque não dá pra evitar, essa é a minha verdade! Tô cansado de fingir pra mim que não importa, que consigo lidar com isso, que não me incomoda passar por isso de novo e de novo e de novo. Faz mal pra todos, pra nós dois, tem que parar.
- Então é assim?
- É... Tem que ser... precisa ser.
- E você não quer mais me ver, nem falar comigo?
- É melhor não.
- E você acha mesmo que vai segurar a onda, que não vai tudo se repetir de novo como sempre?
- Acho.
- Acha, não... Me diz: você tem CERTEZA disso?
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3 comentários:
realmente não existe nada novo neste mundo.
as pessoas passam pelos mesmos diálogos, aí ou aqui, e a vida segue sendo a mesma.
Por que será que eu não aprendo?
acho que meu problema é que eu continua só achando, nunca tenho essa certeza necessária.
eu diria que você tem premonições
que antecipam o que preciso fazer, falar e ouvir,se eu acreditasse nessas coisas.
apesar dessa minha incerteza intrínseca, obrigada de novo pelas tuas palavras.
Certamente não leio mentes nem tenho premonições, mas tento me manter sintonizado nessa estranha teia que conecta a todos nós, e acho que consigo acertar às vezes. Mas, no fim das contas, acho que esse movimento cíclico é muito óbvio para todos nós, não? Acontece aí, aocntece aqui, salta aos olhos mesmo, e ainda assim, lá vamos nós de novo...
Obrigado pelo seu comentário, Flavia!
Bjs
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- Norman
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